sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CLA




MISSÃO ESPACIAL COMPLETA BRASILEIRA

"Conduzir ao espaço um satélite nacional em foguete brasileiro, a partir de um centro em nosso território".



Nas últimas décadas, o avanço nos setores tecnológico, industrial e econômico restringiu a poucos países a capacidade de colocar no espaço equipamentos altamente sofisticados de pesquisa, de coleta de dados, de telecomunicação, de sensoriamento remoto e de inúmeras outras aplicações. Em 1979, por proposta da Comissão Brasileira de Atividades Espaciais - COBAE, o governo federal aprovou a realização da Missão Espacial Completa Brasileira - MECB, que visava a estabelecer competência no país para gerar, projetar, construir e operar um programa espacial completo, tanto na área de satélites e de veículos lançadores, como de centros de lançamentos.

Dentro da MECB, coube ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, do Ministério da Ciência e Tecnologia, o desenvolvimento de satélites e do segmento de solo correspondente. E, coube à Aeronáutica a implantação do centro de lançamento e o desenvolvimento dos veículos lançadores de satélites. Foi designado o Centro Técnico Aeroespacial - CTA, sediado em São José dos Campos - SP, por intermédio do Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE, para conduzir o projeto desses veículos, em decorrência da capacitação obtida desde a década de 60, com o desenvolvimento de foguetes de sondagem. Nos estudos da MECB, ficou evidenciado que o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI, da Aeronáutica, situado na cidade de Natal - RN, apesar de possuir várias características vantajosas, experiência acumulada e qualidade comprovada, apresenta importantes restrições para lançamentos de veículos maiores, do porte do atual VLS-1 e superiores. Em face disso, a Aeronáutica propôs ao governo federal a implantação de um novo centro de lançamento que atendesse às necessidades da MECB e com capacidade de crescimento para o futuro.


Após criteriosa avaliação dos possíveis locais, foi selecionada uma área na região de Alcântara - MA para abrigar todo o complexo de instalações e de sistemas do novo centro de lançamento. Foi então criado o Grupo para Implantação do Centro de Lançamento de Alcântara - GICLA, em 1982, com a incumbência de gerenciar todas as atividades necessárias à implementação desse centro. Já em 1º de março de 1983, foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara - NUCLA, com finalidade de proporcionar o apoio logístico e de infra-estrutura local, assim como garantir segurança à realização dos trabalhos a serem desenvolvidos na área do futuro centro espacial no Brasil. 



Link da Fonte: http://www.cla.aer.mil.br/

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ALK

A pesquisa de campo começou. Vamos pra Alcântara!


O processo se intensifica, conhecer e conversar com pessoas que assistiram a maior tragédia que o Brasil já teve, com repercussão na imprensa mundial, emocionante.




Nesse roteiro tem ação, romance, investigação, suspense e muita aventura. 



Se você quiser colaborar com informações. Escreve pra gente!


Centro de Lançamento de Satélites

De Wikipedia, a enciclopédia livre

A segunda base de lançamentos de foguetes da Força Aerea Brasileira, foi denominada de Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), sendo criada em 1989 no municipio de Alc6antara, a 408 km de São Luis, capital do estado brasileiro. Destina-se a realizar missões de lançamentos de satélites e sedia os testes do Veículo Lançador de Satélites (VLS). A base está situada na latitude 2°18’ sul, tem uma área de 620 km2 e o primeiro lançamento de um foguete foi em 1989.


O CLA foi criado como alternativa ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado no estado do RN, pois o crescimento urbano nos arredores do CLBI, não permitia ampliações da base. Devido a sua proximidade com a linha do Equador, o consumo de combustívelpara o lançamento de satélites é menor em comparação a outras bases de lançamento existentes. No âmbito do mercado das Missões Espaciais Internacionais, o CLA é o único concorrente do Centro Espacial de Kourou situada na Guiana Francesa mas ao contrário deste, o centro espacial brasileiro não opera lançamentos constantes em razão de atrasos logísticos e tecnológicos.

Alcântara, o filme

Este processo está me emocionando muito. Em 2003, após a catastrofe no Programa Espacial Brasileiro,  fiz emosum clipping com tudo que saiu na imprensa referente ao acidente na Base de Alcântara e entreguei esta pasta pra minha tia Luiza, mãe de um dos engenheiros mortos no acidente. Nove anos depois do acidente, ela me devolveu a pasta, e meu trabalho começou efetivamente. 
Mas já vou avisando; Eu estou pronta!



Mergulho neste universo espacial que sempre me fascina. E surpresas estão sobrando!


Uma lista de filmes pra assistir sobre crimes, séries de suspense..



Hoje, a  Rússia e a Ucrânia são parceiras do Brasil nas operações feitas em Alcântara.


De vento em popa, literalmente!

E nosso "ALCÂNTARA"se prepara para decolar. O Argumento (texto descritivo do projeto) foi selecionado para o Roteiristas 2012 na Universidade Presbiteriana Mackenzie sob a orientação do consagrado roteirista Di Morreti. Vamos que vamo!


O Argumento já havia sido selecionado para o Laboratório de Longa-Metragem do roteirista e coaching cubano Eliseo Altunanaga que aconteceu no Barco em agosto deste ano.


Alcântara, o filme

 Meu segundo roteiro nasceu. Essa estória que estou contando é uma tragédia familiar. O acidente na base de Alcântara em São Luis do Maranhão. Quero, dentre outras coisas, homenagear meu primo, engenheiro mecânico que morreu no acidente de 2003. Sei o quanto está sendo díficil pra minha família tocar outra vez neste assunto, mas aprendi que na vida existem páginas que não podemos arrancar. E sei que nada é por acaso. Essa estória que apresento a vocês é minha causa. 


Neste roteiro dramatúrgico vamos abordar o Programa Espacial Brasileiro - que após a explosão do VLS (veiculo lançado r de satélite) prepara para lançar um novo foguete em 2015. Na trama, mostraremos os meandros do poder e os bastidores do um bilionário mercado espacial. 


A Base de Alcântara é o melhor espaço porto do planeta, por estar mais próxima da linha do Equador, isso na prática significa 30% de redução de combustível e suporte de materiais pesados.


LINK: CLA

Noticia da época

Os coronéis reformados Frederico Soares Castanho e Roberto Monteiro de Oliveira, membros da Associação dos Militares em Reserva do Paraná (Asmir-PR), apontam indícios veementes de sabotagem na explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) no último dia 22 de agosto, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Essa hipótese é levantada cada vez mais por especialistas, militares e políticos. Militares expõem “indícios veementes” de sabotagem ao VLS

Os coronéis reformados Frederico Soares Castanho e Roberto Monteiro de Oliveira, membros da Associação dos Militares em Reserva do Paraná (Asmir-PR), apontam indícios veementes de sabotagem na explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) no último dia 22 de agosto, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Essa hipótese é levantada cada vez mais por especialistas, militares e políticos.

Já no mês de março os coronéis apresentaram documento em que apontavam “indícios veementes de sabotagem nos fracassos dos lançamentos dos protótipos VLS-V01 e V02”, ocorridos em 1997 e 1999, com a suspeita de ser o governo dos Estados Unidos o principal suspeito pelas falhas dos dois primeiros protótipos do VLS. O primeiro lançamento aconteceu em 2 de novembro de 1997, com o objetivo de pôr em órbita um satélite de sensoriamento remoto do INPE e o segundo em 11 de dezembro de 1999, que colocaria em órbita o satélite Saci-2, também do INPE. As denúncias foram publicadas em artigo do jornal “O Imparcial”, do Maranhão. Significativamente, a empresa privada norte-americana que foi contratada para fazer o revestimento no primeiro protótipo do VLS segurou o máximo a entrega.


Atualmente, a base de Alcântara é considerada o melhor espaçoporto do mundo em localização geográfica. Por estar próxima à linha do Equador, permite uma economia de até 30% de combustível nos foguetes. Na prática, isso significa gastar menos ou poder mandar para o espaço cargas mais pesadas. Como os Estados Unidos são os donos da maior parte do lucrativo mercado de lançamento de satélites comerciais, eles tentaram, em 2001, fechar um acordo para “alugar” a base brasileira para seus lançamentos. Mas havia vários detalhes importantes no acordo de salvaguardas tecnológicas proposto. Um deles determinava que nenhum brasileiro poderia fazer inspeções no que estivesse sendo trazido dos Estados Unidos para Alcântara. A proposta gerou muitos debates no Congresso e foi engavetada como violação da soberania nacional.

Menos de uma semana após a explosão em Alcântara, a tese de sabotagem tomou vulto em duas notinhas da coluna do jornalista Cláudio Humberto – publicada em vários jornais do país. No dia 27 de agosto, foi citado Ronaldo Schlichting, pesquisador da corrida espacial e perito em armas. Dizia a nota: “Schlichting sugere bala do fuzil Barret .50, que alcança 3 quilômetros, como possível ‘impacto de objeto no foguete’”. No dia seguinte, outra referência à sabotagem, desta vez nas palavras de um professor do Centro Tecnológico da Aeronáutica. “O cientista Edison Bittencourt nega ‘ignição espontânea’ num dos quatro motores do foguete que explodiu em Alcântara. Sugere onda eletromagnética disparada do espaço ou de pequeno dispositivo, inserido no motor e controlado a distância”, escreveu o colunista.

Link: 

http://super.abril.com.br/ciencia/sabotagem-tio-sam-446333.shtml

 http://www.youtube.com/watch?v=JGCfMMLzI90&feature=player_embedded



http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/01/25/eua-tentaram-impedir-programa-brasileiro-de-foguetes-revela-wikileaks-923601726.asp

http://www.metro.org.br/jose_alves/os-cacas-militares-e-as-boias-de-alcantara

ACIDENTE OU SABOTAGEM NA BASE DE ALCÂNTARA

sábado, 29 de janeiro de 2011

“A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) investiga a possibilidade de espionagem e até mesmo risco de sabotagem no programa brasileiro e ucraniano de lançamento de foguetes. Recentemente, a agência elaborou relatório reservado, ao qual a Folha teve acesso, sobre equipamentos de telemetria (que podem captar, enviar e processar dados à distância) instalados em bóias apreendidas em praias que cercam o CLA (Centro de Lançamentos de Alcântara, Maranhão), no dia 11 de outubro do ano passado. É a terceira vez que a agência encontra o mesmo tipo de aparelho nos arredores de Alcântara.

Uma das bóias apreendidas perto de Alcântara; nelas estavam equipamentos de telemetria, que podem captar e enviar dados  Essas bóias são utilizadas para pesca em alto-mar, na localização de cardumes, mas têm capacidade de interferir nos codigos de navegação dos foguetes se para isso forem programadas, de acordo com a Abin. O equipamento foi submetido à análise do Instituto de Pesquisas da Marinha, no Rio. A hipótese de que o equipamento pode ter sido utilizado para interferir nas comunicações entre os foguetes e a base de Alcântara não foi descartada. Os técnicos do instituto também ressaltaram o fato de Alcântara estar muito distante das rotas de pesca em alto-mar. Eles trabalham agora numa perícia mais aprofundada.” A matéria da FSP cita trechos do relatório acessado: “A agência tem monitorado o aparecimento de bóias em intervalos de dois em dois anos, nas praias do CLA. Elas são acionadas por controle remoto via satélite e têm capacidade de enviar, transmitir e medir frequência, além de possuírem espaço suficiente para abrigarem corpos estranhos; estão equipadas com bateria de longa duração e painel solar”.


“Há de se estranhar a presença dessas bóias no local porque a região não tem indústria pesqueira, não está na rota de barcos que as utilizem para tal, elas não se deslocam para muito distante de onde são colocadas e, no entanto, só são encontradas nas praias próxima ao CLA, apesar dos quilômetros de praias existentes no Maranhão”, continua o documento. Segundo a matéria da FSP, até hoje, nenhuma empresa no Brasil ou no exterior reclamou os equipamentos encontrados pela Abin.


“Caso isso ocorresse” referindo-se à interferência na telemetria dos foguetes, “não seriam prejudicados apenas os eventuais lançamentos a partir de Alcântara, mas também se colocaria em risco a execução de operações de rastreio de veículos espaciais estrangeiros – serviço prestado pelos centros de lançamento de Alcântara/MA e Barreira do Inferno/RN”, continua o relatório.


A matéria da FSP dá mais detalhes:


“As bóias encontradas em outubro são de dois fabricantes diferentes, um espanhol e outro japonês. O modo de transmissão de dados do primeiro é via satélite. O do segundo, por ondas VHF e/ou UHF. Agentes da Abin envolvidos na investigação ressaltam que, em casos de espionagem, é comum a adaptação de aparelhos normalmente empregados em outras finalidades para camuflar a ação clandestina. O CLA é um dos locais em que a Abin promove um trabalho preventivo de proteção do conhecimento nacional. A agência tem adotado medidas, em conjunto com dirigentes de centros de pesquisa, empresas estatais e até mesmo em companhias privadas, para tentar impedir que tecnologias desenvolvidas no país sejam alvo de espionagem ou sabotagem.


Além das bóias de pesca, a Abin levanta suspeitas também sobre a presença de muitos estrangeiros na região do CLA, uma área pobre, com pouca atividade e infraestrutura turística. Em 2006, o Grupo de Trabalho da Amazônia, coordenado pela Abin, produziu um relatório que abordou o tema. O documento informa que, segundo fontes da polícia estadual do Maranhão, havia 116 estrangeiros no dia 15 de maio daquele ano em Alcântara, quando membros do GTA visitaram a base de lançamentos.”


O relatório da ABIN levanta outra situação apurada:


“Não foi possível saber quais as atividades que desenvolviam, tendo em vista que não haveria atividade no Centro de Lançamentos. Os altos índices de exclusão social presentes na cidade de Alcântara deixam a comunidade que ali reside exposta e fragilizada a tentativas de aliciamento e recrutamento por parte de ONGs e agentes a serviço de países que muito teriam a perder com os sucessos dos lançamentos da Base de Alcântara”.


A matéria jornalística enfatiza a suspeita de sabotagem, tomando o imenso cuidado de não citar especificamente a explosão do Veículo Lançador de Satélites, VLS, que vitimou vinte e dois dos principais cientistas e técnicos brasileiros envolvidos no projeto:


“A Abin ainda não conseguiu esclarecer se os aparelhos instalados nas bóias estavam em operação durante lançamentos feitos da base de Alcântara. No dia 19 de julho de 2007, por exemplo, período intermediário entre duas apreensões (2006 e 2008) dos equipamentos, o CLA lançou o foguete VSB-30. O teste foi parcialmente bem-sucedido. O foguete percorreu o trajeto estipulado e o chamado módulo útil pousou no mar, mas o equipamento não foi encontrado após o lançamento, como previsto.”


Segundo a mesma matéria, na época, o CLA informou que, “durante a queda, houve oscilações no sinal de telemetria, o que dificultou o resgate do módulo após o lançamento”. A partir do incidente da explosão do VLS o governo Lula decidiu pela construção de uma parceria estratégica com a Ucrânia, tendo sido criada a empresa binacional brasileiro-ucraniana denominada “Alcantara Cyclone Space”, cuja presidência foi entregue ao ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, ligado aos quadros do Partido Socialista Brasileiro, PSB, da base governista. Esta empresa trabalha em dobradinha com outra empresa que agrupa os remanescentes do projeto do VLS anterior, formada em sua maior parte por oficiais militares oriundos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, ITA, sediado em São José dos Campos, SP. Mas a pergunta precisa ser respondida: quem teria o interesse de sabotar a busca brasileira de autonomia tecnológica? Qual é o país que tem tecnologia e estrutura voltada para tal? É bom que saibamos as respostas, pois quem tem tais atitudes não pode estar sendo sincero quando promete transferir tecnologias que irão permitir a autonomia de um país que busca ser soberano.


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.O terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS) , explodiu na rampa de lançamento e matou 21 pessoas.  Todos os mortos eram técnicos civis do Centro de Tecnologia da Aeronáutica. No total, cerca de 700 pessoas trabalhavam na operação de lançamento do VLS-1, entro de Lançamento. De acordo com o Comando da Aeronáutica, o acidente aconteceu às 13h30.  Primeiro país da América Latina a lançar foguete. Com o lançamento, o Brasil se tornaria o primeiro país da América Latina a enviar um foguete de fabricação própria para o espaço a partir de uma base construída perto da linha do Equador e planejada décadas atrás, durante o regime militar. A base de lançamento de Alcântara, no Maranhão, e seus cerca de 800 cientistas e militares corriam contra o relógio para concluir a montagem do foguete de 20 metros de altura. O governo militar planejou, originalmente, levar o país à corrida espacial nos anos 1970. O primeiro passo foi a desapropriação de um terreno de 62 mil hectares nas proximidades da cidade de Alcântara, onde foram construídas as instalações de lançamento.


Até agora, no entanto, os cientistas e militares brasileiros não conseguiram realizar seu sonho, quase 25 anos e centenas de milhões de dólares depois. Em 1997 e em 1999, os foguetes lançados se destruíram pouco depois da decolagem devido a problemas técnicos. Desta vez, porém, na base de Alcântara, havia uma determinação renovada para garantir o sucesso da empreitada. Ribeiro, que trabalha vestido com uniforme militar e dirigiu as tentativas de lançamento de 1997 e 1999, se dizia confiante no fato de os problemas anteriores terem sido resolvidos. O major-brigadeiro não convidaria repórteres para acompanhar o lançamento. Veículo de lançamento de satélite. Os funcionários do laboratório de Alcântara deram início à montagem do foguete (Veículo de Lançamento de Satélite, VLS) de US$ 6,5 milhões no dia 1º de julho, quando começaram a chegar os componentes enviados de São Paulo.


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) montou dois pequenos satélites, que carregam equipamentos de posicionamento, um transmissor para comunicações e uma bateria. Os satélites, guardados juntos em um compartimento, seriam lançados em uma órbita baixa da Terra (cerca de 750 quilômetros acima da superfície), menos de oito minutos depois do lançamento e quando o último estágio do foguete fosse descartado.O sucesso do lançamento significaria uma grande vitória para o Brasil. Conforme autoridades, a base de Alcântara tem potencial para se tornar um dos maiores centros de lançamento de satélite do mundo. A base é a mais próxima da linha do Equador já construída, o que permite aos foguetes levar menos combustível e cargas mais pesadas, já que se aproveitam das forças centrífugas do planeta. Em julho, o governo brasileiro assinou um acordo com a Ucrânia, prevendo que Alcântara será a base de lançamento dos foguetes Cyclone.


"Por razões de segurança, toda a investigação está sendo mantida em absoluto sigilo. A hipótese de sabotagem foi considerada remota, mas não inteiramente descarta pelo Ministro da Defesa, José Viegas."

"Investigações posteriores concluíram que a explosão, que consumiu as cerca de 40 toneladas de combustível sólido do foguete, foi causada pela ignição prematura de um dos motores do foguete, deflagrada por uma centelha elétrica."

Wikileaks confirma objeção dos EUA a Alcântara

“EUA tentaram impedir programa brasileiro de foguetes, revela WikiLeaks por José Meirelles Passos

RIO – Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.

A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 – revelado agora pelo WikiLeaks ao GLOBO. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.
Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: “O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial” – ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.
A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que “embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”. Mais adiante, um alerta: “Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”.
O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000, porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA. Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil. Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda.
Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, “devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil”, diz outro documento confidencial.
Viagem de astronauta brasileiro é ironizada
Sob o título “Pegando Carona no Espaço”, um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$ 10,5 milhões – enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$ 20 milhões por uma viagem idêntica.
A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar.
Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente ‘um pequeno passo’ para o Brasil” – diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.


FONTE: Revista Conspiração